Muros
Em rigor não podemos considerar Muros como uma série, série no sentido que habitualmente se dá a esse conceito enquanto produção artística ou a um conjunto de obras. Por outro lado, também não estamos apenas a falar de muros. Claro que umas vezes são muros, ou apenas muros: sitio de fronteira - divisão -, ou suportes onde se expõe, folhas nunca brancas onde a cidade escreve, onde comunica - união -. Mas tantas outras vezes são outras coisas: cartazes, onde o evento se perpetua, onde os rasgões são provas de que a cidade é escultora ; taipais - tudo é temporário, e daí?!; paredes, bocados de paredes.
Ao longo dos tempos, em diferentes momentos, a cidade escreve em todos estes sítios. Tatua-se!!! Ora são os grafiteiros que tentam ser artistas; ora são os namorados apaixonados que lá deixam a jura; depois vem o que quer gritar o insulto ou contar um segredo a ninguém. E assim se vão fazendo as paredes, a várias mãos, com diferentes almas e vontades, aparentemente sem que nada as una, cada uma com o seu pecado (ira, preguiça, muita luxúria, inveja de não terem museu). É então que eu, por elas ao passar, destaco um bocado, rasgo um quadrado, um rectângulo da parede (como um fotógrafo que retalha o mundo), ponho de baixo do braço e levo-o comigo para o mostrar (numa outra parede, mais erudita, ou aqui , onde navegam).
Estes quadrados, estes rectângulos, são bocados de cidade(s).
2005/2006
Exposição: Galeria Minimal - Porto (2005)
Exposição: Galeria Minimal - Porto (2006)
Exposição: Galeria Minimal - Porto (2007)
2007
Exposição: Galeria Minimal - Porto (2007)
2016
Exposição: Mostra'16 (Exposição colectiva) - Porto (2016)
2017
2018
2019/2020
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